(11) 96364-3212
suporte@versatyou.com.br
Política de Privacidade
Termos de Uso
(11) 96364-3212
suporte@versatyou.com.br
Política de Privacidade
Termos de Uso
SIGA-NOS
Conheça as nossas redes sociais e fique por dentro das novidades e dicas.
Utilizamos cookies para garantir que lhe proporcionamos a melhor experiência no nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você está satisfeito com ele.
VITRINE: UMA JANELA ABERTA PARA SONHAR
No post anterior vimos como a personagem Becky Bloom perdia a razão diante de uma linda e persuasiva vitrine. Quase tão antigas quanto o próprio comércio, as formas de expor, mostrar e comunicar visualmente uma mercadoria sempre tiveram o intuito de atrair a atenção do potencial comprador.
As primeiras relações comerciais da humanidade foram as trocas, que ocorriam em feiras, e cada produtor exibia seu produto (alimentos, animais, artesanato, utensílios domésticos, ferramentas) para que outros pudessem ver e assim estabelecerem as negociações.
No século I da nossa era, em Roma foi construído um grande complexo arquitetônico chamado Mercado de Trajano, provavelmente o primeiro shopping center da Historia. Com 5 andares e 150 lojas, vendia-se de joias a peixes e crustáceos, de especiarias a armas, de vinhos a tecidos.
Os comerciantes das grandes cidades dessa época começaram a expor suas mercadorias em prateleiras para facilitar a visualização, e até na cidade de Pompéia, que foi dizimada pela erupção do Vesúvio em 79 d. C., foram encontrados desenhos de padarias com balcões e pães expostos atrás deles.
Com a decadência do Império Romano as lojas desapareceram e o comércio voltou a ser praticado nas feiras.
Somente após vários séculos, no período renascentista, cidades como Florença passaram a ter áreas de comércios especializados, como praças, pontes ou ruas que reuniam determinados produtos, tais quais joalheria ou artesanato. A necessidade de se sobressair diante da concorrência foi moldando o uso dos primeiros protótipos de vitrines.
No século XVIII, com a Revolução Industrial, as lojas proliferavam pela Europa e a palavra “vitrine” já circulava, associada com “decoração”.
Assim como Machado de Assis falou sobre brechós, os escritores franceses Balzac e Zola trouxeram para a literatura do século XIX suas impressões sobre as vitrines, que pouco a pouco se tornavam parte da paisagem e do cotidiano de quase todo o mundo ocidental.
As vitrines desta época ainda eram limitadas a envolver o público pelo viés da opulência e riqueza, despertando o desejo (ou sonho distante) de compra apelando para o poder aquisitivo da aristocracia.
No final dos anos 1800 foi introduzido o uso do vidro separando o espaço expositivo e o público nas ruas. E surgiram os primeiros manequins de cera.
Com a chegada do século XX, as mudanças ganharam a velocidade característica dessa era, e a partir dos anos 1920 as vitrines deixaram de ser um amontoado de artigos e passaram a ser cada vez mais um cenário estilizado, ganhando ares teatrais.
Artistas famosos como Marcel Duchamp, André Breton e Salvador Dalí chegaram a fazer vitrines nos anos 1930, trazendo para o comércio a estética surrealista do período. Moda e Arte andavam já de mãos dadas, basta lembrar que Schiaparelli e Dalí colaboravam um com o outro!
As décadas seguintes trouxeram os primeiros grandes profissionais vitrinistas, criadores de ambientes cenográficos cada vez mais sofisticados e envolventes, que serviam não só como atrativo para comprar, mas também opção de lazer. Quem não gosta de bater perna e olhar belas vitrines?
Hoje, em pleno século XXI, somos indivíduos extremamente assediados visualmente. A overdose diária de imagens ao qual somos expostos nos tornou mais exigentes, menos suscetíveis à sedução imediata. Para merecer a nossa atenção, é preciso oferecer algo mais.
E esse algo mais é o desejo. É olhar para a vitrine e encontrar lá o nosso sonho, a nossa fantasia. É a magia que emana do objeto e que queremos possuir adquirindo aquele produto!
Depois de conhecer a fascinante origem das vitrines, convidamos você a passear pelo app VersatYou, que é uma ampla vitrine virtual de brechós e peças de second hand, reunindo na palma da sua mão o que há de melhor na moda consciente. E por que não falar sobre os desafios de sustentabilidade que a Moda enfrenta, e como podemos colaborar com pequenas atitudes e mudanças de hábitos? Vem descobrir no próximo post, faça parte da comunidade VersatYou!
(Este texto foi escrito inspirado no livro “Vitrina teu nome é sedução” de Sylvia Demetresco.)
Redação: Silvinha Cabrera _proprietária do brechó Babados&frescuras