POR QUE CONSUMIMOS DA FORMA COMO CONSUMIMOS?

Consumo, fetiche e pertencimento parte I

Já parou para pensar que até poucas décadas atrás, era raro comprar uma roupa em loja?

E as pessoas vestiam-se como? Através do vestuário feito sob medida, não importa se em uma renomada maison, em um alfaiate ou em uma costureira (modista) que atendia às famílias. Era uma relação de pessoa a pessoa, quem precisava de roupa era cliente de quem a produzia, manualmente, uma a uma e sob encomenda, numa relação horizontal e humana.

O prêt-a-porter (ou ready to wear) chegou nos anos 1960 industrializando processos e possibilitando a reprodução em massa de modelos, em materiais mais baratos e trazendo novidades com crescente rapidez, modificando assim a relação de compra. O cliente da costureira tornou-se consumidor de determinada marca. Em resumo, as relações pessoais tornaram-se comerciais.

As famosas boutiques de Londres, como a Biba de Barbara Hulanicki, atraíam jovens seduzidos por novidades e pela velocidade que a “era espacial” prometia. Os tecidos sintéticos, as novas tecnologias para tingir, estampar, confeccionar roupas, aliados ao barateamento da produção e à padronização de tamanhos, deixaram obsoleto o processo de encomendar roupas sob medida. Para que esperar até uma peça ficar pronta, se ela já está à sua espera na arara de uma loja?

Com essas transformações sociais e culturais ocorridas na efervescente década de 60 do século passado, o consumo não só de Moda, mas de todos os bens necessários à vida humana passaram por significativas mudanças de paradigma.

Atualmente, cerca de 60 anos depois, o mundo novamente está em plena transformação. Os brechós são o comércio da vez, agora trazendo uma proposta de moda mais consciente e um modelo de consumo circular das roupas.

E também estão na onda da sustentabilidade aplicativos como o VersatYou, possibilitando a conexão entre o consumidor informado e consciente de suas escolhas, e os brechós que trazem o Second Hand para os guarda-roupas modernos.

E por falar em brechós, você conhece a história dos comércios brasileiros pioneiros nesse segmento? Vem saber mais com a gente no próximo post, faça parte da comunidade VersatYou!

Redação: Silvinha Cabrera _proprietária do brechó Babados&frescuras